A Flor Agatha

Em meio ao inverno descobri um sentimento, algo novo e intenso,
não sei o que foi aquilo, sei que foi há anos e nem lembro minha idade,
mas lembro-me de estar à janela, olhando a neve em flocos cair,
e com ela vi algo mais: uma pequena semente, que plantei com humildade.

Uma flor Agatha caiu do céu e, bem aqui, neste solo se ocultou,
geração pós geração ela esteve escondida, aguardando o raiar do sol,
e quando este despontou no céu, cresceu rápido, forte e com beleza,
beleza e luz que, quando reparei uma segunda vez, vinham de suas pétalas.

Pétalas de emoção, sentimento transcrito em versos nesta humilde canção,
versos com rimas, outros sem rimas, todos verdadeiros e tendo sua magia,
não é flor de Harry Potter, nem tampouco Odisséia, mas possui mais magia,
pois dela vem a luz e a beleza, que é este sentimento que engrandece meu coração.

Reguei-a com cuidado e podei suas folhas mortas, enfim, amei-a,
quando percebi outra vez, ela havia multiplicado, pois outras cresciam em sua volta,
foi tanta a emoção que não pude conter-me, em lágrimas transbordei,
e quando o inverno se aproximou, fiz de tudo para protegê-la.

Esta flor Agatha foi minha companheira por muitos anos, e pensar que a conheci num lampejo,
quando caiu do céu, podia estar fadada ao desespero e à incondicional solidão,
mas agradeço a Deus por ter colocado esta em minha direção, pois mais do que uma bela flor,
Agatha é uma leal amiga, amiga que guardo em meu coração.

Autor: Rodrigo Terribile Rossi

Inspiração: Agatha

Ano: 2008